A Associação Fênix, realizará o “Seminário de Construção e Reconstrução de Novas Praticas de Atendimento de Pessoas Vivendo HIV/AIDS ” nos dias 02 a 04 de Dezembro de 2014 em Curitiba-PR.
O Seminário vem discutir e refletir sobre os 20 anos da história da AIDS, a ciência avançou no combate à epidemia, mais informações sobre as formas de transmissão do vírus foram descobertas e propagadas. A ética do profissional de saúde e demais profissionais que trabalhavam com esta realidade ao terem contato com os portadores do HIV começaram a ser constantemente debatidos nas unidades de saúde, nas Organizações Não-Governamentais e nos programas de AIDS no estado e no país.
Infelizmente o que ainda falta é um processo continuado e amplo de educação, envolvendo as universidades, os cursos técnicos e o ensino fundamental. “As pessoas ainda acreditam em grupo de risco”, porem quando o tratamento é direcionado a crianças, por exemplo, os profissionais ligados ao atendimento direto com esta realidade se deparam com uma realidade diferenciada, pois não se trata do suposto grupo formado por profissionais do sexo, gays, lesbicas, travestis ou usuários de drogas gerando assim um incomodo relatado por famílias e crianças, adolescentes e jovens que passaram por esta triste situação.
Vale ressaltar a importância das pessoas falarem publicamente que são soropositivas: “é uma forma de se livrar desse ‘segredo’, do inominável, da culpa atribuída à transmissão sexual do HIV, aspectos importantes para a autoestima das pessoas e para a sua qualidade de vida em geral”. Entretanto, para os profissionais que trabalham no atendimento direto desta população vivendo com HIV e AIDS, a questão da revelação da sorologia do paciente não pode ser banalizada. Falar com e sobre as pessoas soropositivas, primeiro depende do conhecimento da pessoa em questão, depois tem implicações completamente diferentes para indivíduos e grupos sociais diferentes. E não podemos deixar de notar que se, por um lado, vivemos numa democracia na qual os cidadãos têm direito à expressão, por outro, também vivenciamos momentos acirrados de violência urbana e inclusões que contribuem para, por exemplo, inibir a política de redução de danos e favorecer agressões físicas de pessoas que supostamente são gays ou prostitutas.
Atualmente o grande desafio dos profissionais ligados a questões do HIV e AIDS diante de alguns dilemas é responder de forma acolhedora e humanizada às exigências de novas situações trazidas pela epidemia. Por exemplo, a sexualidade das pessoas soropositivas, as experiências de casais soro discordantes, o desejo de ser mãe por parte de mulheres soropositivas, a amamentação, a transmissão do HIV para o parceiro sexual, procedimentos cirúrgicos em pessoas soropositivas, o tratamento medicamentoso e seus efeitos colaterais, entre muitos outros problemas.
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